quarta-feira, 13 de julho de 2016

Morre lentamente!






Morre lentamente!



Como já disse minha querida, Martha Medeiros, de quem sou fã:


Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições.

Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias as mesmas coisas, o mesmo trajeto e as mesmas compras no mesmo supermercado.



Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.


Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru e seu parceiro diário.

Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem,
e ainda assim, se prendem diante de um tubo de imagens que traz sim, informação e entretenimento...


...mas que não deveria, com apenas 14 polegadas, ou que seja 42, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is, do que um turbilhão de emoções indomáveis...


...justamente as emoções que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos. 



Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho, 


quem não arrisca o certo pelo incerto, atrás de um sonho, quem não se permite, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.
Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo.


Morre lentamente quem destrói seu
amor-próprio.

Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional.



Então morre a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes mesmo de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece... por vergonha ou falta de humildade... e não respondendo quando lhe perguntam até o que conhece, não compartilham experiências. (ninguém precisa saber da minha vida, minha vida é um túmulo)
Isso mesmo, só falta enterrar!

Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante.

Que amanhã, portanto, demore muito para ser o nosso dia.

Então, já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações...

Lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.



Forte abraço a todos!

Deus abençoe ricamente cada leitor do Registrando Emoções!

Até a próxima!






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